Um expressivo número de produtores da agricultura familiar, quilombolas e assentados, juntamente com representantes da administração municipal e demais entidades, participaram na noite de ontem, terça-feira, 11, na Associação Comercial e Industrial de Catuípe (ACI) de uma reunião com representantes do Sebrae-RS que abordou programas, iniciativas e vantagens de vendas para a agricultura familiar.
O evento, promovido pela Administração Municipal, Emater/Ascar-RS e Associação Comercial e Industrial de Catuípe teve como principal objetivo esclarecer dúvidas e prestar orientações em relação à produção, capacitação, comércio e regularização do empreendimento com foco na sustentabilidade e na comercialização de produtos produzidos no município e como vender para os governos e abastecer a demanda do comércio local.
A iniciativa surgiu com o objetivo e como alternativa para enfrentar o atual momento político-financeiro, procurando incentivar os produtores rurais e empreendedores a descobrir potencialidades que possam ser exploradas, agregando renda e fomentando a economia local. Dentre eles, estão os educandários de Catuípe que buscam a aquisição de merenda escolar de mais qualidade e produzida aqui no município. Segundo a prefeita Ivete Maria Kessler Burmann, a lei atual determina que, no mínimo, 30% dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional (FNDE) sejam utilizados na compra da agricultura familiar do município para a merenda escolar. “No entanto, há vários produtos que não são produzidos aqui necessitando buscar em cidades da região, e ainda há produtores que não estão legalizados, impedindo que o poder público adquira estes alimentos”. Também os mercados acabam comprando vários produtos fora do município, sendo que os mesmos poderiam ser comercializados com produtores do município, gerando mais renda para os mesmos e para o comércio local.
O secretário municipal de Agricultura Cleber Goi apresentou alguns dados, obtidos pela Emater e Secretaria Municipal de Educação, relativos aos produtos da agricultura familiar consumidos no município, revelando a grande defasagem de itens que acabam vindos de fora. Números estes, confirmados pelo presidente da ACIC e empresário do ramo de supermercados, Marcelo Souza que destacou há grande demanda para a produção de vários produtos como hortifrutigranjeiros, embutidos, derivados de leite, sucos, doces, entre outros.
Para o administrador Alencart João Loch, palestrante do evento, a venda de produtos produzidos pela agricultura familiar para escolas da rede pública ajuda o pequeno produtor a desenvolver culturas, manter a mão de obra no campo e se organizar em cooperativas. “A medida resulta em múltiplos benefícios, pois fortalece os agricultores e pequenosempreendedores, colocando alimentação de melhor qualidade no prato dos estudantes e da comunidade, promovendo o desenvolvimento local, concentrando renda e geração de empregos no próprio município”, salientou. Segundo Claudiomiro Reis, gestor do Sebrae-RS na região, estes encontros servem para levar conhecimento e incentivar essas pessoas para que possam desenvolver suas atividades com mais qualidade e eficiência.
Para a prefeita o encontro foi de suma importância, assim como a parceria com a ACIC, Emater e Sebrae, pois com essa iniciativa está sendo proporcionado conhecimentos e subsídios para o fortalecimento tanto do meio rural como o urbano, gerando mais renda para essas famílias e consequentemente melhor qualidade de vida e segurança econômica, bem como a formalização da atividade e, com isso, o produtor conquista crescimento individual e empreendedor, buscando a sua autonomia financeira. Novos encontros serão realizados e quem ainda não participou terá a oportunidade de fazê-lo. As datas dos eventos serão definidas e divulgadas posteriormente para a comunidade.
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