Há mais de um ano, não é feita a pesagem de veículos nas rodovias federais do Rio Grande do Sul por falta de balanças. Onze postos do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre) estão desativados e a falta de fiscalização contribui para piorar a conservação das estradas.
O Rio Grande do Sul possui 9.411 quilômetros de rodovias federais onde, diariamente, passam veículos de todos os tipos, inclusive caminhões de carga com excesso de peso. Somente na BR-285, em Ijuí, na Região Noroeste, passam cerca de quatro mil veículos de carga todos os dias. Hoje, o controle de peso é feito pela Polícia Rodoviária Federal apenas através da nota fiscal apresentada pelo motorista.
"Existem muitos que carregam com excesso os veículos de transporte de grãos, como soja, trigo, concreto usinado e areia, principalmente.O ideal seria a pesagem desses veículos através das balanças rodoviárias", afirma Ervino Macial, chefe substituo 10ª Delegacia da PRF.A pesagem nos postos do DNIT foi suspensa em julho do ano passado após uma decisão judicial que considerou irregular a terceirização de serviços nas rodovias de todo o país. De acordo com o DNIT, as balanças não estão funcionando por causa da ação civil pública do Ministério Público do Trabalho.
O departamento recorreu da decisão e aguarda a resposta do recurso. Estão em andamento tratativas para formalizar um termo de ajustamento de conduta que permitirá a reativação dos postos de pesagem.
Para que haja um controle maior, o Ministério Público Federal de Santo Ângelo deu um prazo de 90 dias para que o DNIT retome os serviços em três postos de pesagem da rodovia, um em Ijuí e dois em Entre-Ijuís.
O DNIT também tem 30 dias para para fazer a manutenção e conservação. Fatores como clima e incidência de chuvas também prejudicam as rodovias, mas o excesso de peso é o principal problema. Trafegar com veículo acima do peso permitido gera multa tanto para o motorista quanto para o dono da carga.
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