A possibilidade dos servidores estaduais receberem apenas R$ 500 no próximo dia 31 coloca em alerta os principais sindicatos que representam as categorias. O Governo gaúcho ainda não confirma qual será a faixa de corte, mas é praticamente certo que os salários dos servidores serão novamente parcelados neste mês.
"Isto é uma irrealidade que está sendo construída pelo governador do Estado para tornar o quadro mais tenebroso ainda. Por que que o Governo do Estado não quer pagar o salário integral dos servidores? Porque ele quer forçar, perante a opinião pública, a necessidade de aprovar o aumento de impostos, entre outras medidas", afirmou o presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos (Fessergs), Sérgio Arnauld.
Pela previsão de técnicos da Secretaria da Fazenda, os R$ 500 reais por cada matrícula seriam depositados no último dia de agosto e o restante dos salários quitados durante o mês de setembro. Outra categoria que está mobilizada contra o parcelamento da folha salarial é o Sindicato dos Agentes da Polícia Civil (UGEIRM). O vice-presidente Fábio Castro classifica a medida como lamentável.
"Nós achamos lamentável, é uma medida muito perigosa o pagamento de R$ 500, que representa menos que um salário mínimo. Isso vai causar uma instabilidade muito grande, e logicamente vai afetar os serviços prestados pela Polícia Civil", disse Castro.
Nesta semana, os servidores deflagraram uma greve geral de três dias que afetou diversos serviços públicos do Estado, principalmente na área da educação e da segurança. A mobilização foi encerrada na sexta-feira (21).
Em uma assembleia unificada realizada na última terça (18), os servidores decidiram que, caso não recebem os salários de forma integral no final do mês, 43 categorias irão entrar em greve por quatro dias no Rio Grande do Sul.
GAÚCHA
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