O presidente da central sindical CTB, Guiomar Vidor, saiu preocupado da reunião com o governador José Ivo Sartori, no Palácio Piratini, nessa terça-feira. Segundo ele, os trabalhadores estão atentos à possibilidade de um entendimento contrário do Judiciário à legalidade da lei que instituiu o reajuste de 16% ao salário mínimo regional, percentual aprovado em dezembro de 2014, pela Assembleia.
“Estamos tratando de uma questão que envolve mais de 1,2 milhão de trabalhadores”, dimensionou. Segundo Vidor, os trabalhadores organizados pelos sindicatos preparam uma vigília para o dia da análise da lei no Judiciário, dia 18. “Vamos fazer uma grande mobilização em frente ao Tribunal de Justiça para lembrar da importância social desse reajuste”, informou.
Sartori, que recebeu os líderes sindicais no Piratini, afirmou que defende a legalidade da lei. O procurador-geral do Estado, Euzébio Fernando Ruschel, no entanto, informou que o Estado já cumpriu sua parte diante das exigências da Justiça, tendo apontado seu parecer favorável à constitucionalidade da lei.
Presente no encontro o secretário estadual do Trabalho, Miki Breier (PSB) disse confiar em uma decisão favorável aos trabalhadores. Miki disse também que, em caso de resultado desfavorável, o governo tomará a frente do processo para assegurar o reajuste “às camadas salariais mais baixas e necessitadas”.
Os trabalhadores entregaram documento ao governador formalizando pedido de apoio do Executivo junto ao Tribunal de Justiça, que irá julgar o mérito da ação a qual questiona a constitucionalidade do reajuste e resultou em decisões liminares contrárias ao aumento, movidas pelas entidades patronais Fiergs e Fecomércio.