O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zawascki decidiu, nesta quarta-feira (20), anexar ao inquérito da Operação Lava Jato trechos da delação premiadado senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS). Neles, a presidente Dilma Rousseffe o vice, Michel Temer, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva são citados.
De acordo com o portal G1, a inclusão não os torna investigados no caso, no entanto acrescenta informações no inquérito. A partir de agora, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, autor do pedido, analisará se os citados por Delcídio deverão ou não ser investigados.
Num dos trechos inseridos, Delcídio conta, por exemplo, sobre como Nestor Cerveró se tornou diretor da Petrobras e depois da BR Distribuidora no governo Lula, quando Dilma era ministra, e Temer presidente da Câmara.
Na delação, que tem cerca de 400 páginas, Delcídio também acusou a presidente Dilma e o ex-presidente Lula de tentarem atrapalhar as investigações da Lava Jato. O senador era líder do governo, tinha trânsito livre no Congresso, Planalto e ministérios. Após ser preso, o PT afastou o político do partido e tentou desqualificá-lo.
A assessoria do Palácio do Planalto afirmou que não comentará a inclusão das citações à presidente Dilma Rousseff no inquérito. Enquanto isto, o Instituto Lula informou que o ex-presidente prestou todos os esclarecimentos em depoimentorealizado em dezembro de 2015.
A assessoria de Temer afirma que a delação de Delcídio comete "equívocos". Segundo a explicação, o então presidente do PMDB não indicou "ninguém" para a Diretoria Internacional da Petrobras, e quem o fez foi a bancada do PMDB de Minas Gerais. "Não há conexão com os fatos mencionados", portanto, segundo a assessoria.
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