O Rio Grande do Sul ainda tem quase 1,8 milhão de postes de madeira na rede elétrica. Balanço feito pela Rádio Gaúcha a partir de informações repassadas pelas três principais concessionárias de energia aponta que se for mantido o ritmo atual de substituição das estruturas pode-se levar até duas décadas para que todos os postes sejam de concreto, material mais resistente aos temporais.
Em uma área de concessão de 100 km², AES SUL substitui cerca de 30 mil postes de madeira por ano. A rede elétrica de toda área da concessionária tem aproximadamente 800 mil postes. Desses, 35% são de concreto, o que equivale a 280 mil postes. O restante, 520 mil, são de madeira e fibra. Com base nesses dados, é possível calcular que a substituição de todos os postes por concreto levaria 17 anos.
De acordo com a empresa, os postes continuarão sendo trocados de forma programada. As obras fazem parte do plano de investimentos da empresa, que entre 2014 e 2018, prevê investimentos de mais de R$ 1 bilhão.
Na área da CEEE são 767 mil postes. Desse total, 122 mil são de concreto e 645 mil de madeira, o que representa 80%. Em 2014, foram substituídos em manutenção 31 mil postes, com investimento de R$ 26 milhões. Com base nesses dados, é possível estimar que a troca de todos os pontes pode levar em média 20 anos.
Na RGE, são cerca de 80 mil km de rede. A rede elétrica de toda área tem aproximadamente 980 mil postes. Cerca de 40% de concreto, o que equivale 392 postes. Quase 600 mil postes são de madeira. Por isso, levaria em média 14,7 anos para substituir todos os postes, já que a RGE troca 40 mil por ano. Além disso, a empresa esclarece que um plano de inspeção a cada cinco anos nos repasses de toda rede, para verificar a necessidade de troca.
Em algumas cidades, alguns pontos a fiação é por baixo da terra. Segundo a AES SUL, não há previsão de projeto, pois a rede elétrica brasileira é aérea em todo País. Além do custo, que seria dez vezes maior, a transformação na rede atual em subterrânea significaria reconstruir tudo novamente.
O gerente de serviço de rede Roberto Sartori, afirma que para a rede subterrânea depende do interesse e investimento de uma prefeitura, como acontece em Gramado, por exemplo.
" Nós investimos em um material com mais resistência, porém a rede subterrânea depende do investimento do interessado", conta.
O prefeito de Gramado Nestor Tissot afirma que a município vem investindo no projeto em pelo menos três locais do município. Já a CEEE garante que investiu em 2014, quase R$ 5 milhões apenas na região central de Porto Alegre.
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