O mês de outubro chegou mostrando que a Primavera deverá ser uma estação desafiadora para a população do Rio Grande do Sul. Isso foi demonstrado pelo temporal ocorrido no dia primeiro, que atingiu praticamente todo o Estado, incluindo a nossa região. A situação sempre traz uma preocupação especial para o setor de infraestrutura elétrica, uma vez que o sistema de transmissão e distribuição de energia é um dos mais afetados, como efetivamente aconteceu no último domingo, inclusive na área de ação da Ceriluz. Todo o perímetro onde a Ceriluz fornece energia foi atingido pelos fortes ventos, em maior ou menor magnitude. Os serviços de manutenção das redes, que iniciaram imediatamente após o temporal, se estenderam até a terça-feira à noite, quando às 21 horas o fornecimento foi normalizado. A Cooperativa também teve dificuldades em atender aos associados pelo telefone 0800 51 3130, em razão de problemas registrados pelas operadoras de telefonia nas suas torres e equipamentos.
Logo após o registro do temporal, às 15 horas de domingo, aproximadamente 12,8 mil Unidades Consumidoras (UCs) da Ceriluz estavam sem energia, de um total de 13,7 mil registradas na Cooperativa. Porém, esse número caiu significativamente até o início da noite com a reposição das primeiras redes alimentadoras. Ainda no dia primeiro, aproximadamente 10 mil UCs já estavam com o serviço normalizado. As demais permaneceram sem energia considerando a gravidade dos danos causados nas redes, onde foi registrado principalmente o rompimento de cabos e a queda de postes. No total foram 23 postes caídos em toda a área de ação da Cooperativa, além de três transformadores queimados.
O engenheiro eletricista responsável pela área técnica, Bráulio Schussler, esclarece, no entanto, que não é o vento o responsável direto pelos danos, mas sim as árvores próximas às redes. “O vento provoca a queda de árvores ou de galhos sobre as redes, e o seu peso acaba causando o rompimento dos cabos e também a queda dos postes”, explica. Ele lembra que as redes de distribuição de energia da Ceriluz são compostas unicamente por postes de concreto que minimizam os riscos. “Pedimos aos nossos associados, contudo, que fiquem atentos e, verificando árvores muito próximas às redes, avisem à cooperativa, para que elas possam ser podadas ou retiradas totalmente, caso seja necessário”, solicita Bráulio. Pensando no futuro o engenheiro eletricista ainda alerta para que o consumidor evite plantar árvores de grande porte sob às redes, lembrando que existe uma área de domínio de dez metros, tendo a rede como referência central, onde é permitido a Ceriluz retirar as árvores que tragam ameaças.
O temporal do último domingo atingiu com mais intensidade os municípios de Ijuí, Augusto Pestana, Jóia, Coronel Barros, Catuípe, Ajuricaba e Bozano. A prioridade, nesses casos é sempre pela solução dos problemas nas redes troncais, ou seja, que atingem o maior número de consumidores e aquelas situações que ofereçam risco de vida. Somente após solucionados estes problemas é que as equipes passam a solucionar problemas pontuais. Para agilizar o retorno da energia, além das equipes da Cooperativa, empresas terceirizadas foram chamadas para auxiliar no conserto dos danos causados pelo temporal. A cooperativa também fez uso das chamadas “manobras”, ou seja, quando as cargas são transferidas para outras redes não danificadas.
Segundo informações da federação das Cooperativas de Energia do Rio Grande do Sul – FECOERGS, o temporal atingiu praticamente todas as cooperativas gaúchas, em maior ou menor escala. A partir de quarta-feira, após solucionados os danos nas redes da Ceriluz, equipes da cooperativa se deslocaram para Ibirubá, prestar apoio à Coprel, uma das cooperativas mais atingidas, com mais de 700 postes caídos em sua área de ação, que incluiu municípios próximos como Jóia, Boa Vista do Cadeado, .
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