Tribunal de Justiça julga na próxima semana recursos do Caso Bernardo

Os recursos movidos por réus e Ministério Público da sentença do processo que apura a morte do menino Bernardo Boldrini serão julgados no dia 20 de abril. O julgamento ocorrerá a partir das 14h na 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.

A apreciação dos recursos começou em sessão do dia 27 de janeiro deste ano, quando o relator, desembargador Sylvio Baptista Neto, negou o pedido das partes. Logo depois, foi suspenso em razão do pedido de vista do desembargador Honório Gonçalves da Silva Neto.

Além do magistrado, também falta votar a desembargadora Cláudia Maria Hardt.

A morte de Bernardo Uglione Boldrini completou dois anos em 4 de abril. O menino foi assassinado ao ingerir grande quantidade de Midazolam, droga que é indutora de sono e serve como sedativo. O medicamento foi dado pela madrasta Graciele Uguline, que estava acompanhada de Edelvânia Wirganovicz, amiga dela na época.

Após a morte do menino, o corpo foi enterrado pelas duas numa cova no interior de Frederico Westphalen. A dupla está presa desde 14 de abril de 2014, quando o corpo do menino foi encontrado.

Além delas, estão presos o pai do menino, Leandro Boldrini, acusado de ser o mentor do esquema, e o irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz, acusado de dar suporte ao crime.

Em agosto de 2015, o juiz de Três Passos Marcos Luís Agostini proferiu a sentença. Em 137 páginas, determinou que os quatro réus sejam julgados por homicídio pelo Tribunal do Júri. Os advogados de Leandro, Graciele e Evandro recorreram da sentença. O Ministério Público também ingressou com recurso para tentar manter uma qualificadora do réu Evandro. A defesa de Edelvânia foi a única que não recorreu.

O que dizem as partes:

Acusação:

Ministério Público
O promotor responsável não vai se manifestar.

Réus:

Evandro Wirganovicz
O advogado Hélio Sauer preferiu não gravar entrevista. Disse que não há fato novo e o porque o processo está aguardando julgamento dos recursos pelo Tribunal de Justiça.

Edelvânia Wirganovicz 
O advogado Jean Severo sustenta que Edelvânia foi a única que falou a verdade neste processo.

"Não na fase policial. Na fase policial ela já informou em outra entrevista que sofreu uma severa coação junto à delegacia de polícia. A Edelvânia assume e quer a sua condenação na ocultação de cadáver, mas a defesa vai pedir a absolvição no homicídio e existem elementos nos autos para isso, bem como nós vamos juntar mais documentos no prazo hábil no processo e vamos apresentar para o Conselho de Sentença de Três Passos e vamos pedir a absolvição da Edelvânia".

Leandro Boldrini
Os advogados só se manifestam sobre o caso no processo.

Graciele Uguline
O advogado Vanderlei Pompeo de Mattos preferiu não se manifestar sobre o caso.

GAÚCHA
 
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