Uso de agrotóxicos triplicou em cinco anos no Rio Grande do Sul

O uso de agrotóxicos triplicou em cinco anos no Rio Grande do Sul. Passamos de uma taxa de 3,86 quilos por hectare para 11,91 quilos.

O dado está no Relatório Nacional de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos, que usa informações de 2013. Mas a sanitarista do Centro Estadual de Vigilância em Saúde Vanda Garibotti afirma que o uso seguiu aumentando depois disso.

Os agrotóxicos provocam intoxicações agudas e crônicas. No ano passado, foram registradas 264 intoxicações agudas no Rio Grande do Sul. Mas Vanda alembra que apenas uma em cada 50 (!!!) são registradas, conforme projeção da Organização Mundial da Saúde.

– E isso é obrigatório. Os profissionais de saúde são obrigados a registrar.

Por isso até que a bióloga está participando de uma caravana da Associação dos Médicos do Rio Grande do Sul.

Não há dados assim das intoxicações crônicas por agrotóxicos. Os sintomas são menos intensos. Mas gera desde doenças de pele, lesões nos olhos até câncer.

– O uso continuado e a exposição ao produto ou resíduos causam muitos malefícios ao ser humano, como depressão, dermatoses, alergias, pneumonites, insuficiência renal, catarata, conjuntivite, redução de fertilidade, mutagêneses, diarreia, salivação, dor de cabeça, dor no peito e dor abdominal. Os agrotóxicos são considerados, ainda, desreguladores endócrinos e causam alterações comportamentais e falência ovariana, entre outros problemas de saúde. – alerta Vanda Garibotti.

 

Mais dados dos agrotóxicos no Rio Grande do Sul

Em 2013, o Rio Grande do Sul passou Goiás e assumiu o quinto lugar no País em comercialização de agrotóxicos. Ainda assim, a notificação por intoxicações é muito baixa. O Ministério da Saúde vê falhas neste processo de comunicação.

Desde 2008, O Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos.

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