O governo gaúcho vai manter a suspensão do uso de larvicida à base de pyriproxyfen no combate ao mosquitoAedes aegypti em água potável. A utilização em locais onde não há captação de água para consumo segue permitida.
A ação do órgão ocorreu no final de semana, depois da divulgação de um estudo atribuído médicos argentinos ligando o aumento dos casos de microcefalia ao uso do produto. O Ministério da Saúdecontesta essa conclusão e descarta qualquer risco no uso do químico.
“Nossa medida é muito mais de precaução, de evitar que alguém possa utilizar daqui pra frente. Nós não temos relato nenhum de caso de algum problema relacionado ao uso do larvicida”, destaca o secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis.
Alternativa
Os agentes de saúde que atuam no Estado irão aplicar o larvicida onde não há água potável. Já em caixas d’água e outros pontos que armazenam água para consumo, a orientação será no sentido de proteger ou cobrir o local ou aplicar uma solução de hipoclorito de sódio, também fornecido pelos agentes.
Distribuição
O secretário relata que o larvicida é distribuído a cerca de 140 cidades gaúchas que registraram casos de dengue nos últimos meses. No mês passado, 80 quilos do produto foram utilizados, principalmente em municípios pequenos e sem abastecimento de água encanada. O químico não foi utilizado em nenhuma cidade daRegião Metropolitana.
No final da tarde de hoje, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), divulgou nota em que afirma ter havido um mal entendido e que não divulgou que o larvicida pode potencializar casos de microcefalia. Foi a partir de uma nota da entidade que sites de diversos países difundiram que haveria ligação científica entre o veneno e os casos de microcefalia. A Abrasco diz apenas que se posiciona contra a utilização de químicos no combate ao Aedes aegypti e prefere medidas alternativas.
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