Começou nesta segunda-feira (18), em uma cerimônia simbólica no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, a vacinação contra a Covid-19 no Rio Grande do Sul.
Devido ao número reduzido de doses (341,8 mil), poucos grupos prioritários vão ser imunizados neste primeiro momento. Como são duas injeções para imunizar cada pessoa, 170,9 mil gaúchos devem ser vacinados.
O número representa 1,49% da população gaúcha, que é de 11,4 milhões de pessoas. A fase inicial começa nesta terça (19 ).
Na Capital, estão previstas quatro etapas de vacinação, começando pelos grupos prioritários, como idosos asilados e profissionais da saúde.
A primeira remessa recebida nesta segunda-feira (18) vai imunizar, segundo o governo do RS, 170,9 mil gaúchos. O grupo prioritário é formado pelos seguintes segmentos:
Entretanto, não há vacina para todos os que estão nesses grupos prioritários. Cada município vai definir as regras dentro desses segmentos.
Cada pessoa que for vacinada pela CoronaVac vai receber duas doses, com intervalo de duas ou três semanas. O governo anunciou que estão previstos 51,6 mil imunizantes para a primeira dose dos moradores da Capital.
Não há previsão para o início da vacinação de outros grupos. O governo informou que vai se planejar à medida que as doses forem chegando – o Ministério da Saúde faz a distribuição de acordo com a entrega das vacinas.
Por enquanto, duas vacinas foram aprovadas para uso emergencial no Brasil. A CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan chegou nesta segunda (18).
A vacina de Oxford, desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ainda não está disponível.
Acompanhe a tabela abaixo da Secretaria de Saúde do RS, dividida por Coordenadoria Regional de Saúde.
Doses da CoronaVac para o RS, Fase 1
Região | Doses |
Porto Alegre | 51.600 |
1ª Coordenadoria com sede em Porto Alegre (65 cidades) | 26.000 |
2ª Coordenadoria com sede em Frederico Westphalen (26 municípios) | 4.360 |
3ª Coordenadoria com sede em Pelotas (22 municípios) | 12.400 |
4ª Coordenadoria com sede em Santa Maria (32 municípios) | 8.400 |
5ª Coordenadoria com sede em Caxias do Sul (49 municípios) | 14.000 |
6ª Coordenadora com sede em Passo Fundo (62 municípios) | 10.200 |
7ª Coordenadoria com sede em Bagé (6 municípios) | 1.760 |
8ª Coordenadoria com sede em Cachoeira do Sul (12 municípios) | 2.720 |
9ª Coordenadoria com sede em Cruz Alta (13 municípios) | 1.920 |
10ª Coordenadoria com sede em Alegrete (11 municípios) | 4.000 |
11ª Coordenadoria com sede em Erechim (33 municípios) | 5.360 |
12ª Coordenadoria com sede em Santo Ângelo (24 municípios) | 3.560 |
13ª Coordenadoria com sede em Santa Cruz do Sul (13 municípios) | 4.400 |
14ª Coordenadoria com sede em Santa Rosa (22 municípios) | 2.360 |
15ª Coordenadoria com sede em Palmeira das Missões (26 municípios) | 6.040 |
16ª Coordenadoria com sede em Lajeado (37 municípios) | 4.240 |
17ª Coordenadoria com sede em Ijuí (20 municípios) | 3.200 |
18ª Coordenadoria com sede em Osório (23 municípios) | 4.280 |
De acordo com o plano nacional de imunização, as três primeiras fases incluem os seguintes grupos:
Ainda não está definido em qual fase serão inseridos os demais grupos prioritários. Segundo o governo, a decisão depende de aprovação das vacinas e disponibilidade.
O governo do Rio Grande do Sul afirma ter 4,5 milhões de seringas em estoque e já abriu processo de compra para mais 10 milhões de unidades. Além disso, tem 5 milhões de agulhas que podem ser usadas em outras seringas caso necessário.
As imunizações serão feitas em postos de saúde. Segundo a Secretaria Estadual, cada município deve definir em quais locais fará a aplicação da vacina.
Em casos de grupos prioritários como idosos em casas de repouso, aldeias indígenas e profissionais da saúde em hospitais, as doses serão levadas até eles.
Não. Todas as pessoas serão vacinadas, mesmo que não apresentem algum documento. Basta comprovar que pertence ao grupo prioritário correspondente à fase da vacinação.
No entanto, para fazer o controle, o Ministério da Saúde diz que é importante informar o número do CPF ou apresentar o Cartão Nacional de Saúde (CNS) – o Cartão do SUS.
Caso a pessoa não esteja cadastrada nas bases de dados do Ministério da Saúde, o profissional no posto de saúde poderá registrá-lo no momento do atendimento.
Não é verdade. Em nota, o Ministério da Saúde disse que não realiza agendamento para aplicação de nenhum tipo de vacina, e nem envia códigos para celular dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Ainda não há uma previsão de quando as clínicas particulares conseguirão comprar lotes das vacinas contra a Covid-19 que forem aprovadas no Brasil.
A orientação dos órgão de saúde nacionais e internacionais é que todas as doses produzidas pelos laboratórios neste primeiro momento sejam direcionadas aos governos, com a finalidade de garantir que as pessoas dos grupos de risco sejam imunizadas o mais breve possível.
A Prefeitura de Porto Alegre informou que não haverá vacinação em postos de saúde no momento. À medida em que as doses chegarem, os locais serão definidos, até alcançarem 24 postos.
Também haverá uma capacitação em hospitais para aplicação do imunizante em seus profissionais que atuam UTIs. Eles serão vacinados nos próprios locais de trabalho.
Idosos em Instituições de Longa Permanência (ILPIs), pessoas com deficiências, acamados, indígenas e quilombolas serão imunizados por equipes da secretaria, que irão até os locais onde eles estiverem, mediante agendamento.
A prefeitura informou que firmará parcerias com redes privadas de farmácias e montará drive-thrus para atendimento.
G1 RS